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40 - Percepção, produção, instrumentos, recepção

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Chegamos à última unidade da primeira parte deste curso de tradução, publicado, primeiro, no site http://www.logos.it e, posteriormente, na forma tradicional de volume impresso. É o momento de resumir e explicar o procedimento que se seguirá nas próximas fases do curso.

Aqueles que tenham seguido o curso de forma interativa viram, no índice geral, um esboço da estrutura de suas cinco partes. É um curso de tradução geral, ou seja, não está centrado em combinações lingüísticas específicas, mas em proporcionar conhecimentos básicos ao tradutor ou estudante de tradução.

A primeira parte serviu de introdução: procuramos assentar as bases teóricas dos conceitos fundamentais, sem nos estender em cada uma das fases do processo de tradução.

A parte seguinte do curso se dedica à primeira das quatro fases em que temos procurado dividir o processo tradutivo: a percepção. O tradutor ocupa uma posição peculiar no esquema da comunicação: é o leitor do prototexto original e o autor do metatexto traduzido. Portanto, decidimos fixar a primeira fase do processo tradutivo na percepção do texto por parte do leitor e, de modo mais específico, do tradutor, algo que já tocamos nas unidades 6 e 7 desta primeira parte.

A segunda parte do curso, dividida em 40 unidades, trata do aspecto da percepção e interpretação do texto, o círculo hermenêutico do texto traduzido, os problemas que propõe a análise tradutológico do texto, os problemas do dominante e a estratégia tradutiva.

A terceira parte, dedicada à produção, trata da fase do processo tradutivo, no qual o texto, tal como o percebe o tradutor, se projeta para a língua e para a cultura receptora. Neste ponto, o problema do cronotopo e da distância cronotópica entre original e tradução adquire uma importância crucial. Entra em jogo um elemento novo com relação à fase de recepção do original por parte do tradutor: o destinatário, o leitor-modelo, para o qual são traçadas as estratégias tradutivas.

A parte dedicada à produção apresenta uma ocasião ótima para falar de alguns tópicos da tradutologia: os conceitos de adaptação, fidelidade, literalidade, equivalência e liberdade. Serão examinados os diversos tipos de tradução, com as peculiaridades próprias de cada um. Analisaremos a tradução técnico-científica e a referente aos jargões setoriais, a tradução para cinema e televisão, a tradução poética e alguns tipos secundários de tradução.

Para produzir um texto é necessário, por outro lado, conhecer algumas das normas gerais referentes à redação. No princípio desta primeira parte foi analisada a norma ISO dedicada à tradução, enquanto na terceira serão vistas as normas ISO que se aplicam a índices, resumos, bibliografias, regras de redação, uso de aspas, signos de pontuação e outros.

A quarta parte do curso, denominada "Instrumentos", é uma espécie de apêndice da anterior. Se em "Produção" se analisa a fase do processo tradutivo na qual se cria o texto traduzido, nesta veremos os instrumentos que tornam fisicamente possível sua produção. Neste âmbito se encontram os instrumentos tecnológicos, as obras de consulta para suporte (em papel, informatizadas ou na Internet), as memórias de tradução, as bases de dados terminológicas e os meios para a análise léxica e estilística.

A quinta parte, dedicada à Recepção, gira em torno da maneira pela qual o metatexto, o texto traduzido, penetra e se aceita na cultura receptora. À primeira vista, pode parecer que esta fase não afeta o tradutor, mas apenas o editor, o agente comercial ou o especialista em culturologia e relações entre culturas. Na realidade, estamos convencidos de que conhecer o destino de um texto traduzido é essencial para compreender o processo tradutivo que gerou, para saber como planificar uma estratégia tradutiva e para imaginar um leitor-modelo.

Aqueles que seguiram o curso, nas versões da Internet ou impressa, terão a oportunidade de submeter-se a um exame sobre cada parte e de receber um certificado por cada exame aprovado. São organizadas três sessões anuais, em fevereiro, junho e outubro. Aqueles que passarem nos exames receberão um certificado que atestará sua assistência ao curso e os conhecimentos adquiridos.

Os exercícios, que figuram no apêndice, constituirão um valioso instrumento de auto-avaliação e de preparação para o exame.

 


 



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